“...também é a protetora dos doentes, desabrigados, deficientes e idosos. Senhora de muitos búzios, ela sintetiza em si morte, fecundidade e riqueza...”
Por: Mãe Gardênia d´Iansã
Considerada à anciã, Nanã Buruque está presente desde a criação da humanidade. Ela é a “Mãe Terra Primordial”, dos grãos e dos mortos. É a memória do povo, pois vivenciou toda a magia da concepção do Universo. No Brasil ele é cultuada nas religiões de matriz africanas, Nanã Buruque é a Senhora da Criação. Também é chamada de mãe, avó e “Senhora da Morte”, pois é responsável pelos portais de entrada e saída das almas.
Para a Nação Jeje, povo africano que habita o Togo, Gana, Benim e regiões vizinhas, Nanã é muitas vezes considerada a divindade suprema, e talvez por isso, seja frequentemente descrita como orixá masculino. A grande matriarca de muita sabedoria. Representa a velhice, a experiência da vida e os aprendizados mais profundos. De temperamento brando, acolhe e orienta seus filhos. Muitas vezes, é temida, intransigente e austera. Mas respeitada como a mais velha das Yabás.
Nanã é responsável pelo portal entre a vida e a morte. Ela limpa a mente dos espíritos desencarnados para que possam se livrar dos sofrimentos da sua jornada, reencarnando sem os rastros da vida anterior. Por isso, quando envelhecemos, ao decorrer dos anos, começamos a perder a memória.
Nas águas de Nanã vou me banhar, vou me benzer. Eu peço pelos filhos de Umbanda, minha Mãe. Salubá!💜