Olá! Sou Umbanda!
Umbanda Jesus Maria José
O Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José foi fundado em 15 de novembro de 1956, pela matriarca Mãe Balbina do Caboclo Rei dos Índios, hoje coordenado por Mãe Gardênia d´Iansã.
No início as atividades do terreiro eram voltadas para o cunho religioso, mas com o passar dos anos e com a situação de desamparo da comunidade local, foi necessário intervir em questões sociais, na busca do direito dos menos assistidos, funcionando como um espaço de representação sócio cultural.
Com a percepção que a função do terreiro não poderia se resumir somente as questões de religiosidade, em 1991 foi fundado o Grupo Cultural Torres d´Oyà, que começa a atuar nas áreas social, cultural, ambiental e de representação da comunidade. Percebe-se que o Poder Público precisa da parceria da sociedade para alcançar os mais necessitados.
A atuação desse coletivo vem se destacando em diversas áreas: incentivando a cultura da música; atuando propositivamente nas questões sociais locais; orientando a forma correta de conviver com o meio ambiente; aquecendo a cultura tradicional do nordeste; e contribuindo para a memória cultural do povo nordestino.
Coordenação
Mãe Gardênia d'Iansã
Este material vai abordar a trajetória de uma mulher de 49 anos, que nasceu no chão do terreiro de sua mãe, sim estamos falando dela, Maria Gardênia Freitas de Lima, conhecida como Mãe Gardênia D’Iansã, sacerdotisa do Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José, criado em 1956, por sua mãe Balbina Freitas de Lima, Mãe Balbina do Caboclo Rei dos Índios.
Vamos viajar no tempo, começando pelo dia de seu nascimento, 24 de março de 1972, sendo batizada na Umbanda com apenas um mês de nascimento, tendo como padrinho o Caboclo Tupinambá. Aos 14 anos, inicia sua caminhada no terreiro quando começa a girar com os guias, sendo consagrada mãe de santo no dia 18 de agosto de 2007, trabalhando principalmente com os guias Nego Chico Feiticeiro, Caboclo Tupinambá, Preta Velha Mãe Maria, Pombagira Maria Padilha, Exu Marabô e a menina Tapuia.
Mãe Gardênia d’Iansã tem atuação na defesa e da difusão da Umbanda através de iniciativas culturais e participações em produtos artísticos, em 2021 foi uma das protagonistas no documentário “Eu te Benzo, Eu te Curo - A ciência do galho na fé”, de Fernanda Azuka, que aborda a prática da cura através de rezas, benzimentos, orações e banhos de ervas praticadas por mães de santo da Umbanda; no curta-metragem “Narradores da Fé”, que destaca a necessidade do respeito religioso para com as expressões afro-brasileiras” e em lives e vídeos gravados e postados no canal do YouTube do seu terreiro.
Mãe Gardênia d’Iansã coordena o grupo artístico Torres d’Oyá, criado em 1991 por Mãe Balbina, e que se apresenta em cânticos e movimentos próprios da cultura dos povos de terreiro, tendo como um dos principais objetivos ensinar a letra e o ritmo dos pontos cantados. No grupo, ela também atua como uma das principais intérpretes.
Com a partida da Mãe Grande, em março de 2021, Mãe Gardênia d´Iansã assume definitivamente o comando do Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José, terreiro com mais de 66 anos de existência. De imediato o primeiro desafio da guerreira de Iansã foi cumprir os ritos fúnebres da mãe, como prevê a Lei de Umbanda, em seguida foi o ritual de preparação do terreiro para o novo comando, e para concluir, se fez necessário “tirar a mão de vumbe”, que trata da preparação dos filhos do terreiro para o novo comando.
Trajetória de Mãe Gardênia d´Iansã:
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A terceira filha de Mãe Balbina, nasceu dentro do terreiro no dia 24 de março de 1972, leva o nome de Maria porque as Marias são as rainhas do mundo, Gardênia por representar uma linda flor que embeleza a vida e alimenta o amor, com um mês de vida foi batizada na Umbanda tendo como padrinho o Caboclo Tupinambá;
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Quando a menina Gardênia tinha 14 anos em 1986, iniciou sua caminhada de filha de terreiro, começa sua trajetória seguindo os passos da mão, dá-se inicio a preparação daquela se viria a ser a herdeira espiritual da “Mãe Grande”;
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Dez anos mais tarde, em 1996, aos 24 anos Gardênia auxiliava a mãe na coordenação dos trabalhos do terreiro, tanto espirituais, como também social, que era algo que Mãe Balbina não abria mão que fosse feito;
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Em agosto de 2007, é consagrada Mãe de Santo, tendo atuação direta ao lado da mãe em todos os rituais do terreiro, sentia que a cada dia que passava a Mãe Grande vinha lhe moldando para algo maior, a casa passava a ter a “rainha e a princesa”, duas mulheres guerreiras com uma só missão, pregar a fraternidade com amor e caridade;
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No ano de 2011, por determinação de Mãe Balbina, Gardênia começa a coordenar todos os trabalhos espirituais, sociais e culturais representando o terreiro, tendo seus passos supervisionados pela mãe;
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Mãe Gardênia dá inicio à uma série de ações de enfrentamento à intolerância religiosa, o marco foi o ano de 2012, onde foram realizadas várias ações de resistência, com a defesa do direito consagrado no Art. 5º, da Magna Carta, do direito ao livre culto religioso;
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Na mesma corrente de pensamento, em 2013 o Lar de Claras promove um debate onde a pauta principal foi “A Intolerância Religiosa”, foram convidados representantes de várias religiões, onde Mãe Gardênia d´Iansã foi convidada para representar a Umbanda;
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Buscando a participação do poder público, no ano de 2014 articulou um encontro entre os representantes de terreiro com o secretário municipal de cultura, neste encontro foi pautado ações como o combate a intolerância religiosa, a inclusão social do povo de terreiro, em especial, a defesa das mulheres vítimas de violência por escolha do seu culto religioso;
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Na semana da consciência nega de 2015, Mãe Gardênia d´ Iansã é convidada para representar as mulheres umbandistas na sessão solene da Câmara de Vereadores, na oportunidade ela apresenta a temática, onde sugere iniciativas em defesa das pessoas que sofrem intolerância pela sua escolha religiosa;
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Foi convidada para participar do programa “Levanta a Poeira” da TV Diário, onde o tema proposto tratava da intolerância religiosa e a atuação da mulher nos terreiros de Umbanda;
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Também em 2015, como coordenadora do Fórum Cultura de Terreiro, juntamente com umbandistas, participa do tombamento da Festa de Iemanjá. Com essa realização a Festa de Iemanjá de Fortaleza se tornou patrimônio cultural;
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O Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José, representado por Mãe Balbina e Mãe Gardênia d´Iansã participam do documentário “Narradores de Fé”, que foi gravado em 2016, que abordou a relações de diversas religiões brasileira;
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O ano de 2017 foi emblemático, quando por iniciativa de Mãe Gardênia d´Iansã vai para o ar o canal do terreiro no youtube www.youtube.com/channel/UCDZtbjYDO0zUYUUE89Ywkuw com mais de 200 vídeos postados com os mais diversos temas, entre eles cultura, movimento de resgate social e orientações, tendo mais de 1 milhão de visualizações;
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Foi protagonista da entrevista do canal Diálogo com os Espíritos do produtor Jefferson Viscardi, onde o tema foi “A Umbanda dá a riqueza da sua evolução espiritual”, na edição 757 que foi postado em 2018, tendo 40 mil visualizações, www.youtube.com/watch?v=d74d3NuMkR8 ;
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Por iniciativa de Mãe Gardênia d´Iansã, em março de 2019 foi realizada a ação “A Natureza é o nosso Santuário”, onde com a participação dos integrantes do grupo Torres d´Oyà, foi realizada uma apresentação junto à natureza e após foi incentivado uma limpeza geral no local, está ação foi marcada por participação da comunidade local;
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Com o abalo que a população teve na pandemia da covid-19 em 2020, por orientação de Mãe Gardênia d´Iansã, no dia 15 março, o terreiro foi um dos primeiro a suspender as girar e ações que poderiam aglomerar pessoas, sendo que o decreto do governo foi de 19 de março. Aliado a suspensão dos trabalhos, foram realizadas uma série de vídeos pelo canal do terreiro, onde passava orientações para as pessoas como proceder neste momento que ninguém sabia o que fazer;
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Juntamente com Mãe Balbina, em 2012 dá início a Festa de Iemanjá na Prainha Aquiraz, hoje da 9º edição, com essa ação a comunidade local foi brindada com algo que só via pela TV;
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Em março de 2021, por força do destino Mãe Gardênia d´Iansã assume definitivamente o comando do Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José, terreiro com mais de 66 anos de existência. Como isso, muitas responsabilidades de imediato como cumprir o que prevê a Lei de Umbanda, em seguida foi o ritual de preparação do terreiro para o novo comando.
Torres d' Oyà
O terreiro de Mãe Balbina com funcionamento desde 1956, percebendo o crescimento de pessoas que vem aderindo a religião de Umbanda, também percebe que começa a crescer a necessidade de mecanismo para o aprendizado e a manutenção da prática do terreiro. Na Umbanda se exercita rezas e cantos (pontos cantados).
A criação de um coro ou a uma “capela”, ou seja, a um conjunto de músicos vinculados ao recinto religioso do terreiro, onde todas as pessoas pudessem aprender a liturgia. Teve como marco inicial, quando nasce no fundo do quintal do Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José um grupo idealizado por Mãe Balbina, o ano foi 1991, exatamente no dia do aniversário de sua filha Gardênia, 24 de março surge Torres d´Oya.
No início, timidamente as pessoas foram se reunindo para conversar, iniciando um toque de atabaque, em seguida vindo a letra de um ponto, mais adiante uma reza e o interessante é que quanto mais tempo passava mais pessoas vinham se juntar ao grupo. Não havia um gênero musical definido, conforme crescia a participação, também crescia o repertório. Além disso, começa mais uma manifestação cultural vinda da necessidade de compartilhar e construir a identidade do terreiro.
O grupo Torres d´Oyà difunde a musicalidade dos povos de terreiro, mas também tem forte atuação na questão social, reunindo pessoas para encontrar soluções para demandas vindas das mais diversas áreas. Com o objetivo de manter viva a cultura da raiz do povo, tornando-se muitas vezes, uma esperança para algumas comunidades em questões do cotidiano, o grupo vai se tornado conhecido.
Com Mãe Gardênia d´Iansã na coordenação dos trabalhos, o grupo vem se fortalecendo ano a ano: com participação no carnaval de Fortaleza; com ações que visam o resgate das tradições dos pescadores; tendo ações que visam preservar o meio ambiente; propondo atividades para o fortalecimento da família; com a divulgação e participação nas atividades culturais Torres d´Oyà vem escrevendo sua história exatamente como era o sonho de sua idealizadora (Mãe Balbina).
Instituto Mãe Balbina
QUEM SOMOS
O INSTITUTO SOCIAL CONSTRUINDO A CIDADANIA – ISCC é uma sociedade jurídica de direito privado, beneficentes, de cunho social, sem fins econômicos, e duração por tempo indeterminado, com sede administrativa provisória à Rua Carvalho Junior, 669, bairro São João do Tauape, Município de Fortaleza, Estado do Ceará, terá com nome fantasia Instituto Social Mãe Balbina, foro jurídico na comarca de Fortaleza, com abrangência no território Nacional.
Fundado em 30 de setembro de 2005, o Instituto Social Construindo a Cidadania é assim denominado por entender a necessidade do fortalecimento da cidadania, que se exercita com a organização social da comunidade, incentivando a participação dos sujeitos na construção de uma sociedade justa e igualitária, através da construção de sua cidadania.
O QUE FAZEMOS:
Atuando com ações para promover a cultura no incentivo das tradições, com o foco no desenvolvimento social, direcionando ações que visem a conscientização ambiental. Buscando junto ao Poder Público a colaboração para o fortalecimento do cidadão como sujeito da sociedade, sendo um interlocutor das demandas reprimidas da sociedade com o Estado e com outras organizações públicas, não estatais e privadas na busca que envolvem direitos humanos fundamentais, como saúde, educação e inclusão social e ambiental, o ISCC tem plena noção da sua responsabilidade, tanto perante a gestão pública, quanto à sociedade.
No firme propósito de ser coerente com a gestão de excelência, na qual nos propomos no âmbito das parcerias que firmamos, além da conformidade com a legislação e todos os protocolos que regem a área de abrangência, somos altamente criteriosos com a seleção, contratação e capacitação dos nossos colaboradores em todos os níveis.
Por sermos uma entidade de direito privado podemos adotar normas próprias para compras e contratações cujas condições encontram-se no nosso regulamento próprio para contratação de bens e serviços, que além dos colaboradores abrange também nossos fornecedores. Essa possibilidade de atuar conforme regras próprias nos confere flexibilidade e agilidade nos encaminhamentos das soluções e de respostas às demandas.
ONDE ATUAMOS:
Estimular novas modalidades de organização social, visando o desenvolvimento sócio econômico e combate a pobreza; Contribuir para erradicar o analfabetismo educacional e cultural a promoção humana do nosso povo; Promover atividades que visem o desenvolvimento integrado da comunidade; Divulgar informações sobre, saúde, habitação, urbanismo, alimentação, segurança, transporte, educação, cultura, emprego e renda, território e gênero; Manter com os poderes públicos ou privados, parcerias, convênios, consórcios, prestação de serviços; Proporcionar aos associados e a comunidade capacitação social, cultural e esportiva; Promover, organizar e executar programas e projetos para a formação profissional de jovens e adultos em parceria com entidades afins; Promover encontros, seminários, debates, fóruns, cursos, palestras, atividades sócio educacionais, visando prepara-los para pleno exercício de cidadania; Celebrar convênios, contratos de gestão parcerias com entidades publicas e privadas, com organizações governamentais e não governamentais, com pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de garantir a agilidade na difusão de politica, campanhas, promoções, outras atividades próprias ou de órgãos parceiros, reproduzindo com finalidade seus interesses; Recrutar, selecionar, treinar, contratar, pessoal de níveis elementares, médios, superior nas diversas atividades do conhecimento humano, visando suprir a necessidade de mão de obra, para prestar assistência a todas as pessoas envolvidas, em ações da própria entidade, de sócios e parceiros; Desenvolver atividades que vissem prestar assistência a portadores de deficiência a criança e ao adolescente, ao idoso e implementar programas de combate a endemias e epidemias; Organizar, credenciar disciplinar, instalar emissora de radio e televisão comunitária, elaborar seu jornal, seu parque gráfico, afim de democratizar a informação popular a comunidade; Organizar em parceria com grupos distintos ou congêneres eventos de resgate da memoria popular, cultural, politica, esportiva, folclórica, histórica do bairro.
MISSÃO do ISCC:
Atuar como interlocutor entre o Estado e a Sociedade na busca de promover a cidadania, colaborando com o governo, na promoção de ações que visem a construção do exercício da cidadania do individuo nas relações com a coletividade.
VISÃO do ISCC:
Ser uma instituição de reconhecimento nacional, com qualidades globais para implementar projetos singulares, fomentando o desenvolvimento das instituições e da sociedade. Tornar-se referência em incentivo à cidadania, consolidando o conceito que a parceira entre Estado e Sociedade é o caminho para atingirmos resultados significativos no protagonismo do cidadão como agente ativo da sociedade.
VALORES do ISCC:
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Responsabilidade;
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Ética;
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Eficiência;
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Sustentabilidade;
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Conscientizar cidadãos;
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Transparência.