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Enfrentando a Ignorância

  • Foto do escritor: Instituto Mãe Balbina
    Instituto Mãe Balbina
  • 11 de mar. de 2024
  • 3 min de leitura

*Por Mãe Gardênia d´Iansã


O Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria José, prestigiou, em 30 de setembro de 2023, a exposição realizada pelo Antropólogo Jean dos Anjos, que ocorreu no Centro de Eventos Dragão do Mar, onde foram apresentados para a sociedade o significado do Candomblé e da Umbanda. Nesta exposição, o Candomblé foi representado pelo Ilê Asé Ojú Oyà, e a Umbanda pelo terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura, ambas coordenadas pelo Babalorixá Waldo T´Oyà. Sendo, esses espaços locais sagrados para a prática da religião.



 Para Mãe Gardênia d´Iansã, sempre que tivermos a oportunidade de levar para as pessoas, um pouco do Candomblé e da Umbanda, vamos estar prestando um importante serviços para a sociedade, porque estaremos tirando as pessoas da cegueira chamada “ignorância”. E mais, estar aqui para prestigiar e aplaudir pessoas que são consideradas âncoras da nossa religião como Pai Waldo, é por demais gratificante, ele nos representa com grande autoridade, demonstrando cada dia, o caminho certo a seguir.


Resgate e Preservação

Sendo o Candomblé e a Umbanda duas religiões afro-brasileiras que desempenham papéis significativos na sociedade brasileira, tanto do ponto de vista espiritual quanto cultural. Ambas têm raízes profundas na história do Brasil e contribuem para a diversidade religiosa e cultural do país. Essas religiões são consideradas como pilares da construção da identidade racial, religiosa e cultura do povo brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento desta sociedade.

Podemos perceber algumas maneiras pelas quais o Candomblé e a Umbanda impactam a sociedade brasileira:

 

Resistência Cultural: Tanto o Candomblé quanto a Umbanda têm suas origens na resistência dos africanos escravizados ao sistema colonial. Essas religiões foram formas de preservar suas tradições, idiomas, mitologias e práticas espirituais, apesar da opressão e da violência;

 

Inclusão Social: O Candomblé e a Umbanda, muitas vezes acolhem pessoas marginalizadas pela sociedade, oferecendo um espaço de pertencimento e aceitação independentemente da origem étnica, orientação sexual ou condição socioeconômica, incluindo essa pessoa no seu espaço social;

 

Saúde e Bem-Estar: As práticas espirituais e rituais do Candomblé e da Umbanda, muitas vezes, têm um impacto positivo na saúde mental e emocional das pessoas, oferecendo conforto, orientação e apoio espiritual em momentos de dificuldade. Normalmente, quando uma pessoa chega num terreiro, lá é o último lampejo de esperança que ela tem;

 

Preservação Cultural: O Candomblé e a Umbanda desempenham um papel importante na preservação das tradições africanas, afro-brasileiras e indígena, incluindo mitologia, música, dança, culinária e artesanato. Essas tradições são transmitidas de geração em geração e enriquecem a identidade cultural do Brasil. Essa preservação só foi possível pela resistência do povo e através dessas religiões;

 

Integração Religiosa: Apesar das diferenças teológicas e rituais, o Candomblé e a Umbanda, muitas vezes coexistem pacificamente com outras religiões no Brasil, promovendo a tolerância religiosa e a integração inter-religiosa em uma sociedade multicultural. A cultura de terreiro é de inclusão, então recebe, aceita e respeita todas as religiões com o objetivo de fortalecer a tolerância;

 

Serviço Social: Grande parte dos terreiros de Candomblé e Umbanda estão envolvidos em atividades de serviço social, como distribuição de alimentos, assistência médica, apoio a comunidades carentes e programas educacionais, contribuindo para o desenvolvimento e o bem-estar das comunidades em que estão inseridos. O terreiro está onde as pessoas estão, conhece os mais necessitados e tem contribuição relevante para a ajuda-los.

 

Podemos concluir, que o Candomblé e a Umbanda são parte integrante da identidade cultural, social e religiosa do povo brasileiro, desempenhando papéis importantes na resistência, inclusão, saúde, preservação cultural, integração religiosa e serviço social na sociedade. Conforme a máxima: “povo sem história é povo sem identidade”, a sociedade brasileira deve muito do resgate e da preservação de sua identidade ao Candomblé e a Umbanda, porque elas resistiram a todo um aparato para tentar apagar a nossa história.


Todas as imagens pertencem ao Acervo do Instituto Mãe Balbina.



 
 
 

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